sábado, 27 de setembro de 2008




O poema de cêra


“A velha raposa jamais esquece a colina onde nasceu”
(Nitiren Daishonin)

“Música é vida interior,
para aquele que tem vida interior não existe solidão”


Sabiás destrincham os emaranhados
abrindo os botões do vestido dela,
mulher-motocicleta, mãe rainha rascante do rock,
quizera tê-la nos tentáculos da guitarra

Até então, referia-me a uma mulher de concreto sabor
doravante permitirei que a substancia ocupe a maior parte do poema

O poema é um bolo sobre a mesa de ânima,
nos resta, partir o poema em partes desconexas
por pura atração marginal

O poema de cêra derrete inundando a toalha e os talheres,
respinga no chão e nas trompas,
aguarda calado a próxima alucinação


EDU PLANCHÊZ

Nenhum comentário: